Acusado de incendiar prédio do Porta dos Fundos tem denúncia alterada

O MP/RJ alterou denúncia oferecida à Justiça contra o empresário Eduardo Fauzi, acusado de arremessar coquetéis molotov contra a produtora Porta dos Fundos em 2019.

O juiz da 3ª vara Criminal entendeu que a atitude do homem não representou crime doloso contra a vida, motivo pelo qual substituiu a acusação de tentativa de homicídio pelo crime de causar incêndio. Informações, Fausto Macedo, Estadão.

O caso

Eduardo Fauzi foi denunciado pelo MP do Rio em setembro de 2020 por tentativa de homicídio. À época, o parquet entendeu que o empresário teria assumido o risco de matar o funcionário que fazia a segurança do prédio no momento do ataque. O órgão narrou que o vigilante do prédio apenas não morreu, pois conseguiu conter o incêndio a tempo de fugir do local.

Em 2021, o MP ainda denunciou o empresário pelos crimes de terrorismo, o que causou a migração do processo para a justiça Federal. Posteriormente, o TRF da 2ª região devolveu o caso para a justiça estadual por entender que não havia indício do crime.

Em março deste ano, a 3ª vara Criminal do Rio de Janeiro concluiu que o ato não se trata de crime doloso contra a vida, motivo pelo qual retirou o processo do Tribunal do Juri. A ação foi redistribuída para a 35ª vara Criminal do Rio de Janeiro que irá verificar se é caso de receber, ou não, a alteração da denúncia.

O ataque

Segundo investigações, cinco pessoas participaram do ataque à produtora Porta dos Fundos, na véspera de natal de 2019, dias após o grupo de comédia exibir um programa especial natalino, no Netflix. A comédia insinuava que Jesus Cristo teve uma experiência homossexual depois de 40 dias no deserto.

Na ocasião, foram arremessados coquetéis molotov na fachada do prédio no Rio de Janeiro/RJ e, em seguida, o grupo fugiu do local.

Trama

No especial, para enfrentar os desafios como um aluno novato na Escola Municipal Eva & Adão, o personagem deixa para trás o comportamento benevolente e se torna um “bad boy”, acreditando então que ninguém suspeitará que ele seja o Messias.

Num dos trechos do teaser, Jesus é questionado, por Lázaro, se ele guardaria uma imagem pornográfica, como o desenho dos pés de uma mulher inscrito num pergaminho. Em outra cena, Jesus vai a um prostíbulo e diz: “Isso não é de Deus”. Ao que outra pessoa afirma, apontando para uma das garotas de programa: “Na verdade, aquela mais alta ali é exclusiva de Deus”.

By Revista Jus

Você pode gostar