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Dono de barbearias preso em operação policial diz que fatura R$ 500 mil por mês em negócio que começou com corte de cabelo a R$ 10

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Erick Berkai Fernandes se autodenominava o ”maior treinador de barbeiros comerciais do Brasil”. Nas redes sociais, ele tinha vídeos com mais de 1 milhão de visualizações. Homem está entre os oito presos pela Policia Civil em operação.

”Não é o mais talentoso que ganha mais dinheiro. Quem ganha mais dinheiro é o mais disciplinado. É preciso constância para alcançar a recompensa”. A sequência de frases faz parte de uma publicação compartilhada por Erick Berkai Fernandes a seus 104 mil seguidores em uma rede social.

Erick ostenta um patrimônio milionário, incluindo motos e carros de luxos. O homem se apresenta como um empreendedor e palestrante que expandiu os negócios apenas com o corte de cabelo. Autodenominado ”o maior treinador de barbeiros comerciais do Brasil”, ele é dono da rede de barbearias usada para lavar dinheiro do tráfico de drogas e de extorsões, segundo a Polícia Civil. Ele foi preso na quinta-feira (25), na Zona Norte de Porto Alegre.

A defesa de Erick sustenta que ”o patrimônio é absolutamente compatível com a atividade”. Os advogados classificam a prisão e a vinculação com o crime como ”equívoco terrível” e afirmam que irão conseguir provar a inocência no curso do processo.

A Polícia Civil chegou até o nome de Erick a partir do rastreamento das contas. De acordo com a investigação, a partir de 2019 as barbearias começaram a movimentar um valor incompatível com a atividade. São oito filiais em Porto Alegre e duas no Rio de Janeiro.

”Os sócios, que não tinham uma condição financeira altamente privilegiada, passam a desfrutar de uma vida de luxo, que não é compatível com o crescimento natural, por mais bem-sucedido que seja, daquele ramo de atividade. Especialmente porque o tíquete médio que é cobrado por essas empresas é um tíquete baixo”, afirma o titular da Delegacia de Repressão a Lavagem de Dinheiro, Filipe Bringhenti.

Nas redes sociais, Erick tinha pelo menos três vídeos com mais de 1 milhão de visualizações. Em um deles, o homem dizia que cortava, no mínimo 50, cabelos por dia. Em um outro, ele exibe uma frota de veículos importados estacionados em frente a uma das unidades da barbearia.

Erick está entre os oito presos pela Polícia Civil durante operação. Também foram feitas buscas em uma corretora de investimentos, na Zona Norte de Porto Alegre. A suspeita é que um dos sócios tenha ligação com o homem.

Empresário que agrediu blogueira em Teresina já respondia a processo por bater na própria tia

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Na decisão, o juiz proibiu Luís José de Moura Neto de se aproximar de Pâmela Xavier, da ex-namorada e outras duas mulheres, que também denunciaram o empresário por agressão.

O empresário Luís José de Moura Neto, preso por agredir a digital influencer Pâmela Xavier no rosto, foi posto em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica. A decisão saiu na terça-feira (23) e o caso segue em segredo de justiça.

Na decisão, o juiz acatou o pedido de liberdade feito pela defesa e determinou medidas cautelares. Além do uso da tornozeleira, Luís Neto deve comparecer ao juizado quando solicitado e está proibido de se aproximar de Pâmela Xavier, da ex-namorada e outras duas mulheres, que também denunciaram o empresário por agressão.

Luís Neto ficou uma semana preso. A agressão contra a influencer ganhou repercussão após uma testemunha divulgar o vídeo em que a vítima desmaiou após levar um soco do empresário.

Quatro denúncias foram formalizadas contra Luís José de Moura Neto, identificado pela Polícia Civil pelo apelido “Gordim do Peixe”. As vítimas são a empresária Pâmela Xavier, de 27 anos, ex-namorada dele, a estudante Isabela Arruda e outras duas amigas de Pamela e Isabela.

Ex-namorada relata agressões durante namoro

A estudante Isabela Arruda, ex-namorada do suspeito de agredir a empresária Pâmela Xavier, contou as violências físicas e verbais que sofria durante o relacionamento.

Pâmela, amiga de Isabela, desmaiou após levar um soco do suspeito em frente ao condomínio da ex-namorada dele, na Zona Leste de Teresina.

Isabela e o suspeito namoraram por cerca de um mês. A estudante contou ser agredida verbalmente, principalmente quando ele ingeria bebida alcoólica.

“Ele dizia que eu era pobre, eu era gorda, que eu não tinha ninguém aqui, que eu era sozinha. Ele falava isso quando estava bêbado e, no outro dia, eu ia conversar com ele e ele dizia não se lembrar de nada, que não havia dito aquilo”, afirmou Isabela.

O que se sabe sobre o caso de empresário que pagava mesada a mães para estuprar crianças no RS

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Empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, foi preso em Imbé em 27 de abril. Homem é suspeito de produzir material pornográfico com crianças e fornecer lista de abusos com valores para mães de menores de idade.

Quatro mulheres e um homem já foram presos no Rio Grande do Sul na Operação La Lumière, que investiga desde fevereiro uma suposta rede de pedofilia no estado. De acordo com a Polícia Civil, o esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam seus filhos, todos entre 0 e 12 anos de idade, para abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes.

As primeiras prisões feitas por conta da investigação aconteceram em 27 de abril, quando o suspeito de comandar o esquema e uma mãe foram presos, e a mais recente foi realizada nesta sexta-feira (26).

O suspeito, identificado como o empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, oferecia, segundo a polícia, uma lista de opções às mães, com preços para passar o fim de semana e dar banho nas crianças, como se fosse um cardápio. Ele está preso na Penitenciária Modulada de Osório. A identidade das mulheres não é divulgada pela polícia para proteger as crianças.

O homem preso em flagrante em 27 de abril por suspeita de exploração sexual, pornografia infantil e fraude processual em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, é Jelson Silva da Rosa, de 41 anos. Ele é casado e tem uma empresa de tecnologia em Porto Alegre. A Polícia Civil não divulgou o nome do homem, mas a reportagem da RBS TV conseguiu confirmar a identidade. Jelson foi encaminhado para a Penitenciária Modulada de Osório.

”Ele é uma pessoa que tem duas faces. Quem não conhece de verdade, acha que ele é uma pessoa extremamente boa, que ele é uma pessoa que ajuda instituições beneficentes, instituições de caridade. Nesses locais, ele conhece as pessoas, ele ganha a confiança e começa a explorar as mães das crianças”, diz a delegada Camila Franco Defaveri, da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

O advogado Marcos Vinícius Barrios, que representa Jelson, alega que ”a acusação é lastreada em intuições e presunções indevidas”. Ele acrescenta que ”do material existente que está ao conhecimento da defesa não existe nada que possa indicar as condutas descritas pela autoridade policial”.

O que se sabe sobre o caso de empresário que pagava mesada a mães para estuprar crianças no RS

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Empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, foi preso em Imbé em 27 de abril. Homem é suspeito de produzir material pornográfico com crianças e fornecer lista de abusos com valores para mães de menores de idade.

Quatro mulheres e um homem já foram presos no Rio Grande do Sul na Operação La Lumière, que investiga desde fevereiro uma suposta rede de pedofilia no estado. De acordo com a Polícia Civil, o esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam seus filhos, todos entre 0 e 12 anos de idade, para abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes.

As primeiras prisões feitas por conta da investigação aconteceram em 27 de abril, quando o suspeito de comandar o esquema e uma mãe foram presos, e a mais recente foi realizada nesta sexta-feira (26).

O suspeito, identificado como o empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, oferecia, segundo a polícia, uma lista de opções às mães, com preços para passar o fim de semana e dar banho nas crianças, como se fosse um cardápio. Ele está preso na Penitenciária Modulada de Osório. A identidade das mulheres não é divulgada pela polícia para proteger as crianças.

O homem preso em flagrante em 27 de abril por suspeita de exploração sexual, pornografia infantil e fraude processual em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, é Jelson Silva da Rosa, de 41 anos. Ele é casado e tem uma empresa de tecnologia em Porto Alegre. A Polícia Civil não divulgou o nome do homem, mas a reportagem da RBS TV conseguiu confirmar a identidade. Jelson foi encaminhado para a Penitenciária Modulada de Osório.

”Ele é uma pessoa que tem duas faces. Quem não conhece de verdade, acha que ele é uma pessoa extremamente boa, que ele é uma pessoa que ajuda instituições beneficentes, instituições de caridade. Nesses locais, ele conhece as pessoas, ele ganha a confiança e começa a explorar as mães das crianças”, diz a delegada Camila Franco Defaveri, da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

O advogado Marcos Vinícius Barrios, que representa Jelson, alega que ”a acusação é lastreada em intuições e presunções indevidas”. Ele acrescenta que ”do material existente que está ao conhecimento da defesa não existe nada que possa indicar as condutas descritas pela autoridade policial”.

Black list com as piramides financeiros de 2023

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Aqui está uma lista das principais pirâmides financeiras que estão rodando no Brasil e no mundo, agora em Maio/2023.

Essa lista pode sofrer alterações a qualquer momento ao longo do mês.

Dos 17 esquemas listados, a grande maioria dá golpes fazendo uso de criptomoedas, investimento no mercado Financeiro e Energia. Veja a lista abaixo:

A Black-List é produzida com base em levantamentos que a empresa faz no mercado nacional e internacional, contando com informações públicas de processos e procedimentos judiciais e administrativos, ou denúncias junto às Delegacias de Polícia Civil (especializadas ou não), Promotorias Públicas Estaduais, Polícia Federal, MPF, CVM, CADE, Receita Federal do Brasil, Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor e veículos de comunicação.

Toda empresa que atue na modalidade de Marketing Multinível (MMN), em qualquer de suas fases, fazendo uso ou não dessa nomenclatura, cadastrando pessoas e vendendo produtos ou serviços inexistentes, investimentos ou negócios sem respaldo legal ou em lacuna de lei; que não possua sustentabilidade econômico-financeira; que não tenha escritórios ou representantes legais no Brasil; ou atuando irregularmente no MMN, poderá constar nesta Black List para alertar a população evitando que caiam em golpes e esquemas Ponzi.

Também figuram na Black List empresas que façam uso de propaganda enganosa em redes sociais ou fora delas, promovendo expectativa de ganhos exorbitantes; instituições que não façam cadastro de seus empreendedores com os dados mínimos exigíveis pela Receita Federal do Brasil ou pela legislação tributária; entidades que façam uso de criptomoedas e/ou FOREX de forma irregular; ou que tenham forte suspeição de se tornarem lesivas à poupança popular (golpe financeiro), caracterizado pela insustentabilidade de seus planos de negócio ou típica dos “Esquemas Ponzi”, indicando possível crime contra a economia popular, fraude ou estelionato.
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Qualquer dessas hipóteses insere uma instituição ou grupo na Black List do mês, mediante denúncia ou informação dos órgãos governamentais, e lá é mantida até sua descaracterização de irregularidades ou ilegalidades.

DIREITO DE DEFESA

As instituições, grupos ou negócios listados acima, possuem amplo direito de defesa, e, caso desejem, poderão entrar em contato para comprovar a sustentabilidade, rentabilidade e legalidade de sua atividade.

Alertamos ainda que empreendedores que compactuem com práticas criminosas, podem responder pelos crimes pertinentes por estarem atuando coniventemente.

Caso Becker: júri dos acusados é marcado para junho em Porto Alegre

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Quatro homens são réus pelo assassinato de Marco Antônio Becker, então vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers). O crime ocorreu em 2008. Ex-médico é acusado de ser o mandante.

A 11º Vara Federal de Porto Alegre marcou para junho a data do júri do Caso Becker. O médico oftalmologista Marco Antônio Becker foi assassinado em 2008. Serão quatro dias de julgamento: de 27 a 30 de junho. As sessões estão previstas para começar sempre às 9h de cada dia. Os jurados do caso serão sorteados no dia de 5 de junho, às 13h30.

Becker era vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers). A motivação do assassinato seria vingança, segundo a polícia. Quatro homens foram acusados pelo MP por homicídio qualificado:, o ex-médico Bayard Olle Fischer Santos, acusado de ser o mandante do assassinato; o traficante Juraci Oliveira da Silva, que teria agenciado o crime; Moisés Gugel, ex-assistente de Bayard; e Michael Noronaldo Garcia Camara, que teria executado a vítima. Os acusados aguardam pelo julgamento em liberdade.

Ao g1, Marcos Vinicius Barrios, advogado de defesa de Moisés Gugel comentou que “a acusação é o exemplo do mais rematado abuso do direito de denunciar”. Nota completa abaixo. Ana Maria Castaman Walter, advogada de defesa de Juraci Oliveira da Silva afirmou que “Juraci não tem envolvimento com este fato que querem imputar.” A reportagem também tenta contato as defesas de Bayard Olle Fischer Santos e Michael Noronaldo Garcia Camara.

Em agosto 2022, o Tribunal de Justiça havia suspendido o tribunal do júri, a pedido do Ministério Público (MP), porque a defesa de um dos acusados solicitou a inclusão de um laudo pericial: de vídeo e de fotos da motocicleta onde estavam os suspeitos de terem cometido o crime (saiba mais abaixo).

O ex-médico Bayard Olle Fischer Santos, inclusive, teve o seu registro profissional cassado pelo Cremers após um erro médico.

Relembre o caso
De acordo com a denúncia do MP à Justiça, Becker foi atacado por dois homens em uma motocicleta no dia 4 de dezembro de 2008. O vice-presidente do Cremers foi baleado enquanto estava dentro do seu carro, na Rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, na Capital.

Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo envolvimento no crime. No entanto, a Justiça concluiu que não haveria indícios de autoria ou materialidade suficientes para quatro dos denunciados pelo Ministério Público Federal.

O processo tramitou, inicialmente, na Justiça estadual. Mas o Superior Tribunal de Justiça transferiu a competência para a esfera federal, com base na alegação de que o homicídio teria sido motivado pela atuação da vítima junto ao Cremers e a sua suposta influência no Conselho Federal de Medicina.

Nota completa da defesa de Moisés Gugel
A acusação apresentada em desfavor do Defendente, em boa verdade, é o exemplo do mais rematado abuso do direito de denunciar, permitindo-se o Ministério Público formular seu libelo por conjecturas, criações mentais, totalmente divorciadas dos dogmas mais elementares do Direito Penal. Não existe lastro probatório mínimo, inexistindo testemunhas, perícias, interceptações telefônicas ou qualquer dado concreto que possa confortar a acusação, as condutas atribuídas ao cidadão Moisés, com a máxima vênia, não passam de uma heresia jurídica e de uma violência judicial sem precedentes.

Mensagens mostram coronel Cid orientando transações em dinheiro vivo para pagar despesas de Michelle Bolsonaro e parentes

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Assessoras da então primeira-dama pediam dinheiro e enviavam comprovantes de pagamento em grupo com ajudante de ordens de Bolsonaro. Relatório da PF aponta suposto desvio de recursos; informações foram reveladas pelo ‘UOL’ e confirmadas pela TV Globo.

Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, orientando que despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de parentes fossem pagas em dinheiro vivo.

As mensagens mostram ainda Mauro Cid indicando às assessoras que depositassem valores em uma conta bancária de Michelle. As informações foram reveladas em reportagem do site “UOL” e confirmadas nesta segunda-feira (15) pela TV Globo. Veja mais abaixo o que diziam as mensagens.

A comunicação entre os funcionários da Ajudância de Ordens da Presidência da República – que atendia Jair Bolsonaro e Michelle – mostra que os pagamentos dessas despesas eram feitos sempre da mesma forma: em dinheiro vivo e de forma fracionada.

Essa prática, segundo a Polícia Federal, dificulta a identificação de quem enviou o dinheiro.

Indícios de desvio
No relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF diz ver indícios de desvio de dinheiro público, em valor ainda a ser apurado (veja detalhes abaixo).

Em 2022, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a quebra do sigilo fiscal e telemático de sete pessoas para verificar possíveis irregularidades nessas transações.

A apuração começou em 2021, após a quebra de sigilo de mensagens de Mauro Cid. O tenente-coronel é investigado no inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos – de uma investigação não concluída do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – com o objetivo de atacar o sistema eleitoral.

Mauro Cid Barbosa foi preso no início deste mês por suspeita de falsificar o comprovante de vacinação dele, de familiares, de Bolsonaro e da filha do ex-presidente.

Os indícios para essa investigação surgiram também da quebra de sigilo das mensagens do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

O que dizem as mensagens
As conversas obtidas pela Polícia Federal a partir da quebra de sigilos incluem recibos de depósitos financeiros, enviados por ajudantes de ordens da Presidência em um grupo de aplicativo de mensagens.

Nesse grupo, os funcionários que atendiam Bolsonaro e Michelle pediam a quitação de despesas da então primeira-dama e de parentes dela – e enviavam, em seguida, os comprovantes de pagamento.

Em uma dessas mensagens, a assessora Giselle da Silva pede que Mauro Cid fizesse pagamentos mensais a Rosimary Cardoso Cordeiro – amiga de Michelle Bolsonaro.

A Polícia Federal identificou seis depósitos do tipo para Rosimary, entre fevereiro e maio de 2021. Os valores somam R$ 10.133,06.

A PF encontrou, ainda:

seis comprovantes de depósitos feitos por Mauro Cid diretamente para Michelle entre março e maio de 2021, com valor total de R$ 8,6 mil;
mais seis depósitos entre março e maio de 2021, totalizando R$ 8.520, para Maria Helena Braga, que é casada com um tio de Michelle.
A troca de mensagens entre ajudantes de ordens da Presidência da República incluiu ainda o boleto de uma despesa médica dessa tia da ex-primeira-dama no valor de R$ 950,27.

Segundo a PF, esse documento gerou um “alerta” de Mauro Cid no Grupo.

“Mauro Cid encaminha orientação do Exmo. Sr. Presidente da República, no sentido de o pagamento do boleto GRU [Guia de Recolhimento da União] ser feito em dinheiro para ‘evitar interpretações equivocadas'”, indica o relatório policial.
Já em setembro de 2021, uma assessora de Michelle Bolsonaro envia no mesmo grupo de mensagens um outro boleto de plano de saúde. Desta vez, referente a Yuri Daniel Ferreira Lima, irmão de Michelle, no valor R$ 585.

Em seguida, Mauro Cid envia, também no grupo, o comprovante de pagamento.

No relatório obtido pela TV Globo, a Polícia Federal afirma que fica “evidenciado” que os recursos “saíram da conta pessoal do Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro”.

No fim do mês, a assessora encaminha um novo boleto do plano de saúde de Yuri Daniel para Mauro Cid. E diz que o pagamento foi solicitado por Michelle.

Desta vez, no entanto, Mauro Cid responde com uma mensagem de áudio. O conteúdo da fala consta do documento da PF:

“Não tem como mandar esse tipo de boleto. Quando for assim, me manda só o pedido do dinheiro e vocês pagam por aí, porque isso não é gasto do presidente. Nem da dona Michelle! É, deve ser de um terceiro que ela está pagando aí, a conta desse terceiro aí!”, diz Cid no áudio transcrito.
A assessora pergunta, então, se poderia buscar o dinheiro em espécie. Mauro Cid concorda.

PF vê desvio de dinheiro público
No relatório, a Polícia Federal afirma ao STF que as transações descritas e solicitadas nesse grupo de mensagem indicam desvio de dinheiro público para atender despesas da Presidência da República.

“No período compreendido no ano de 2021, em Brasília, por diversas vezes, Mauro Cesar Cid, na condição de ajudante de Ordens da Presidência da República, pessoalmente ou por intermédio de servidores da Ajudância de Ordens, e outras pessoas não identificadas (supridos), desviou e/ou concorreu para desviar dinheiro público oriundo de suprimento de fundos do Governo Federal, em valor total ainda a ser apurado, destinado originalmente ao atendimento de despesas da República”, diz o relatório.

A PF diz, ainda, que esses valores eram depositados “de forma fragmentada, com uso de envelopes sem identificação de depositante, em caixas eletrônicos, bem como utilizando o dinheiro para pagamento direto de despesas privadas”.

PF apura origem dos recursos
A Polícia Federal investiga a origem dos recursos usados pelos ajudantes de ordem da Presidência da República para bancar esses depósitos e pagamentos.

Ainda em 2022, Alexandre de Moraes autorizou novas quebras de sigilo. Na decisão, o ministro também diz ver “fortes indícios” de desvio de dinheiro público da presidência.

 

Petrobras anuncia fim da paridade de importação do petróleo e nova política de preço para combustíveis

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Estatal diz que reajustes serão feitos sem periodicidade, ‘evitando o repasse para os preços internos’ da volatilidade internacional e do câmbio.

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) o fim da paridade de preços do petróleo – e dos combustíveis derivados, como gasolina e diesel – com o dólar e o mercado internacional.

Pela regra em vigor desde 2016, o preço desses produtos no mercado interno acompanha as oscilações internacionais, ou seja, não há intervenção do governo para garantir preços menores.

A Petrobras anunciou o fim desse mecanismo automático.

“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, diz o comunicado.

No cálculo anterior, chamado de Preço de Paridade de Importação (PPI), a Petrobras considerava o valor do petróleo no mercado global e custos logísticos como o fretamento de navios, as taxas portuárias e o uso dos dutos internos para transporte.

Segundo a nota oficial da Petrobras, a nova “estratégia comercial” usa duas referências de mercado:

o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e
o “valor marginal para a Petrobras”.
1️⃣ “O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, explica o comunicado da Petrobras.

2️⃣ Já o “valor marginal”, segundo a petroleira, é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

“Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, diz o texto.
Entenda no vídeo abaixo a política de preços da Petrobras que vigorou desde 2016 e, agora, foi revogada pelo governo:

Lula quer ‘abrasileirar’ o preço
Desde a campanha, o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vinha falando em “abrasileirar” o preço dos combustíveis. O que, de modo geral, significa criar mecanismos para reduzir o impacto dessas oscilações internacionais do petróleo nas bombas dos postos.

Em um comunicado no último domingo (14), a Petrobras informou que analisaria o tema nesta semana.

Prates fala em manter competitividade
Na sexta-feira (12), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia antecipado que a petroleira deveria decidir nesta semana sobre os reajustes de combustíveis e a nova política de preços praticada pela estatal.

Questionado sobre o novo critério utilizado para definição de preços nas refinarias, Prates afirmou que será o de “estabilidade versus volatilidade”. Segundo ele, o novo formato deverá evitar tanto a estagnação de preços quanto o que chamou de “maratona” de reajustes.

“Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano inteiro. Em 2006 e em 2007 aconteceu isso. E também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um único combustível, como foi em 2017, o que levou à crise enorme da greve dos caminhoneiros”, afirmou ele, na ocasião.

Prates disse também que, mesmo com a mudança, a Petrobras continuará seguindo a referência internacional e mantendo a competitividade interna. “Nós não vamos perder venda. Não vamos deixar de ter o preço mais atrativo para os nossos clientes.”

O presidente mencionou também a produção brasileira dentro da composição de preços, citando a estrutura de escoamento, de transporte, a capacidade de refino e a fonte de petróleo do país.

“Tudo isso faz parte de um modelo de preços empresarial que a Petrobras vai conversar melhor na semana que vem”, concluiu.

Novo cálculo não foi divulgado
O comunicado da Petrobras, no entanto, não apresenta uma fórmula clara indicando qual será o peso de cada fator no novo cálculo.

Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o economista Adriano Pires afirmou ao g1 que o comunicado da Petrobras é confuso e “tumultua o mercado” ao dizer, por exemplo, que o preço de paridade “passa a ser uma referência”.

Pires chegou a ser cotado para assumir o comando da Petrobras, em 2022, mas desistiu em meio a uma apuração sobre possível conflito de interesses – já que, como especialista na área, ele havia prestado consultoria a investidores privados.

“Esse tipo de anúncio que vem sendo feito está tumultuando o mercado. O dono de posto que compra gasolina, o distribuidor, ninguém está comprando nem vendendo. A própria Petrobras para de vender”, avaliou.

 

 

Multimilionário aos 20 anos, empresário Adler Lopes é considerado uma referência nacional.

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Adler Lopes é um jovem empreendedor de 20 anos que está transformando o mundo dos negócios no Brasil com sua fintech Softbird. Vindo do interior do Mato Grosso e de uma família humilde, venceu a batalha. Mas sua história de sucesso começou muito antes disso. Aos 16 anos, Adler já estava ganhando R$6 mil reais por mês como programador, tudo através da internet, usando apenas um computador e muita coragem afinal ele não fez nenhum curso até hoje para aprender a programar, sendo autodidata e mesmo com TDAH conseguiu aliar as duas funções..

Agora, aos 20 anos, Adler está faturando quase seis dígitos mensais com sua fintech. A Softbird empresa onde ocupa o cargo de CEO já é multimilionária em faturamento. Sua visão empreendedora e sua coragem em enfrentar os desafios do mercado financeiro são o que o tornam um líder excepcional.

Além de ser um empreendedor de sucesso, Adler é também um viajante ávido, tendo visitado vários países ao redor do mundo. Nascido no interior do Mato Grosso, ele foi trabalhar em países como Portugal, Holanda, Inglaterra e Suíça para expandir seus conhecimentos e aprimorar sua visão empreendedora.

A revolução que Adler está criando está realmente mudando o mercado financeiro e agitando os grandes bancos. Cada vez mais, sua relevância vem incomodando os grandes e velhos bancos tradicionais. Mas Adler segue firme em sua missão de ajudar as micro e pequenas empresas a terem acesso a serviços financeiros acessíveis e eficientes.

Mas ele não para por aí. Com a Softbird, Adler tem criado oportunidades de emprego e transformado vidas, empregando mais de 100 pessoas ao redor do mundo.

O mais impressionante sobre a história de Adler é que ele alcançou o sucesso sem gastar um único centavo em educação formal. Ele investiu em sua própria educação, estudando diligentemente e aplicando seus conhecimentos em várias áreas, desde programação até marketing e finanças empresariais. Seus amigos o apelidaram de ‘Ok Google!’ devido à sua vasta experiência em diversas áreas.
Em relação à educação formal, Adler acredita que a faculdade serve como um diploma hoje em dia, principalmente para profissões tecnológicas. No entanto, ele enfatiza que o conhecimento e as habilidades adquiridas por meio do estudo independente podem ser aplicados em todas as áreas da vida, dando-lhe uma vantagem significativa no mercado.

Adler é uma prova viva de que a força de vontade e o estudo podem abrir portas e levar ao sucesso, mesmo em um mundo cada vez mais competitivo. Ele recomenda que as pessoas nunca fiquem paradas e estejam sempre prontas para aprender e se adaptar às mudanças do mercado. Com uma mentalidade de aprendizagem contínua, é possível enfrentar qualquer tempestade e alcançar grandes realizações.
O mais impressionante sobre a história de Adler é que ele alcançou o sucesso sem gastar um único centavo em educação formal. Ele investiu em sua própria educação, estudando diligentemente e aplicando seus conhecimentos em várias áreas, desde programação até marketing e finanças empresariais. Seus amigos o apelidaram de ‘Ok Google!’ devido à sua vasta experiência em diversas áreas.

Em relação à educação formal, Adler acredita que a faculdade serve como um diploma hoje em dia, principalmente para profissões tecnológicas. No entanto, ele enfatiza que o conhecimento e as habilidades adquiridas por meio do estudo independente podem ser aplicados em todas as áreas da vida, dando-lhe uma vantagem significativa no mercado.

Adler é uma prova viva de que a força de vontade e o estudo podem abrir portas e levar ao sucesso, mesmo em um mundo cada vez mais competitivo. Ele recomenda que as pessoas nunca fiquem paradas e estejam sempre prontas para aprender e se adaptar às mudanças do mercado. Com uma mentalidade de aprendizagem contínua, é possível enfrentar qualquer tempestade e alcançar grandes realizações.

A trajetória de sucesso de Adler é um exemplo inspirador de como a força de vontade e a determinação podem levar uma pessoa de origens humildes a conquistar grandes feitos. Com sua fintech Softbird, Adler está deixando sua marca no mercado financeiro brasileiro e se consolidando como um dos principais empreendedores da nova geração. A Softbird é um verdadeiro disruptor do mercado financeiro, e Adler é o líder que está tornando tudo isso possível.

Inflação deve romper trégua e voltar a subir no 2º semestre; saiba o que vai ficar mais caro e por quê

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Economistas projetam inflação acima de 6% para o fim de 2023. Seria o terceiro ano seguido em que o país estoura a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, apresentou desaceleração em abril em relação a março. Com o avanço de 0,61% no mês, o país passou a ter uma inflação acumulada de 4,18% em 12 meses.

O índice está, atualmente, dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25% em 2023. Ela é considerada cumprida caso encerre o ano entre o piso de 1,75% e o teto de 4,75%.

Mas as projeções de inflação mostram que o resultado deve voltar a romper o teto da meta ao longo do segundo semestre — o que pode resultar no terceiro ano seguido de estouro. A expectativa de especialistas ouvidos pelo g1 é que, a partir de julho, o índice acumulado de preços na janela de 12 meses volte a uma trajetória de alta, chegando a mais de 6% no fim do ano.

Um conjunto de fatores explica a situação. O primeiro deles é a base de comparação para o acumulado em 12 meses. No ano passado, os meses de julho, agosto e setembro apresentaram deflação por causa das desonerações de itens essenciais ao longo da corrida eleitoral.

Dessa forma, a expectativa é que, nas divulgações que acontecem ao longo do segundo semestre deste ano, a redução de impostos em itens importantes para a inflação comece a sair da contagem. Isso resulta, consequentemente, em um aumento do índice de inflação em 12 meses.

A grande “vilã” do segundo semestre, estimam os especialistas, será a gasolina, que se enquadra no grupo de preços administrados (entenda mais abaixo). Também entram na conta os aumentos de itens como medicamentos, alimentação fora de casa, vestuário e até as loterias.

O combate à inflação é a missão central do Banco Central do Brasil. Portanto, uma aceleração do índice traz mais incerteza sobre quando será possível baixar a taxa básica de juros do país, a Selic. Quanto mais altos os preços, maiores as chances de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa básica em níveis elevados em suas próximas reuniões.

A Selic está atualmente em 13,75% ao ano, e tem sido alvo de duras críticas por parte do governo Lula (PT), que acusa o BC de prejudicar o crescimento da economia brasileira ao encarecer o custo do crédito e ao desestimular investimentos. (entenda mais abaixo)

O que explica a alta no segundo semestre
A alta do IPCA nos últimos seis meses de 2023 deve ser potencializada pela forte influência dos chamados preços administrados – aqueles que são monitorados, dependem de algum órgão público ou incluem impostos e taxas, como os combustíveis e as contas de água e de luz.

O economista André Braz, coordenador do Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, estima que os primeiros reflexos da alta desse conjunto de itens serão percebidos já na inflação de julho, com o forte impacto da gasolina.

Um dos motivos da alta do combustível é a padronização do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os estados, que entrará em vigor em 1º de junho. A mudança estabelece a alíquota única tanto para a gasolina quanto para o álcool anidro, que é utilizado na composição da gasolina vendida nos postos.

Braz explica que, pelas estimativas, a gasolina pode subir mais de 10% em algumas cidades do país. O combustível tem grande peso sobre a inflação oficial, e compromete quase 5% do orçamento familiar.

“Isso significa que, para cada 1% de aumento que a gasolina apresenta, ela impacta a inflação oficial em 0,05 ponto percentual. Se for 10% [de aumento na gasolina], 0,5% [do IPCA] em julho pode vir só por conta da gasolina”, calcula Braz.
O aumento no preço do combustível deve ocorrer mesmo diante do viés de baixa no preço do barril do petróleo no mercado internacional e da valorização do real frente ao dólar, acrescenta o economista, lembrando que o cenário também depende da política de preços praticada pela Petrobras.

A estatal baliza os valores das vendas às distribuidoras com base no preço de paridade de importação (PPI). A política oficial de preços da Petrobras foi criada em 2016, orientada pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

Renúncias fiscais
As renúncias fiscais adotadas em 2022, em meio à corrida eleitoral, causaram uma redução atípica nos preços ao longo do segundo semestre daquele ano. Um exemplo é a limitação do ICMS sobre combustíveis, conta de luz, comunicações e transportes, aprovado no mês de junho.

Os resultados foram três meses seguidos de deflação: julho (-0,68), agosto (-0,36) e setembro (-0,29), o que reduziu o acumulado inflacionário em 12 meses. Cenário que, no entanto, será bem diferente este ano.

“A gente não vai ver isso de novo em 2023. Muito pelo contrário. Existe agora a recuperação de impostos que foram cortados no último ano. E isso vai puxar a inflação para cima no segundo semestre”, explica Braz, da FGV.

Além da volta dos tributos, o distanciamento dos resultados atípicos de 2022 é outro fator que vai influenciar no acumulado da inflação no segundo semestre de 2023, aponta Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP.

O economista explica que, com aqueles resultados saindo das contas, deve ocorrer naturalmente uma elevação da inflação acumulada no segundo semestre. O índice atual, portanto – na casa dos 4% na janela de 12 meses –, tende a ser o acumulado mais baixo do ano.

“Por que a inflação deve fechar o ano acima de 6%? Porque, no ano passado, houve fatores que seguraram artificialmente a inflação. Agora, há tributos que voltam. Portanto, pegamos uma parte da inflação que poderia ter acontecido no ano passado e está sendo jogada para este ano”, diz Moreira. “E isso vai acontecer mais intensamente no segundo semestre.”
Setor de serviços e reflexos da pandemia
A alimentação fora de casa também é item de destaque na alta da inflação. O aumento nos preços tem relação direta com a retomada das atividades, que se intensificou no segundo semestre de 2022, mas continua com força em 2023, após os picos da pandemia de Covid-19.

“Além da alimentação fora de domicílio, o [aumento de preços no próprio setor de] vestuário também reflete essa volta ao trabalho presencial. Portanto, os serviços associados a essa retomada devem continuar tendo reflexos nos preços represados”, afirma Moreira, da Fipe/USP.
André Braz, da FGV, reforça que os serviços de maior peso no orçamento familiar são indexados (ou seja, sofrem reajustes de acordo com índices de períodos anteriores), como o aluguel residencial, mensalidade escolar e planos de saúde.

“Tudo isso carrega um pouco da inflação do ano anterior. Isso é ruim, porque cria uma persistência inflacionária maior em torno de serviços”, diz. “A inflação de serviços está mais que o dobro do que a gente tem para a meta deste ano, que é de 3,25%.”

O economista explica que o peso dos serviços no orçamento familiar é de 30%, enquanto os preços monitorados “engolem” 25% da renda.

“Então, temos mais da metade do orçamento familiar comprometido com coisas que não vão aliviar na inflação em 2023. Por isso, o Banco Central tem adiado o início de corte da taxa de juros”, conclui Braz.
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Outros reajustes
Os remédios também são lembrados pelos especialistas entre os itens em alta. Uma resolução do governo federal passou a permitir, já a partir de 31 de março, reajuste de até 5,6% nos preços dos medicamentos. Os valores podem ser repassados pelas farmácias de uma vez ou ao longo do ano.

Houve ainda o reajuste das loterias. Além da Mega-Sena e da Lotofácil, tiveram aumento a Quina, Lotomania, Timemania e Dia de Sorte. A alta, anunciada pela Caixa Econômica Federal no início de abril, foi de até 25% nos jogos, e passou a valer no fim do mesmo mês. A justificativa do banco foi justamente a recomposição dos valores diante da inflação.

“As loterias comprometem 1% do orçamento familiar. Elas estão no exemplo de preços monitorados e engrossam a lista de coisas que vão fazer esse grupo de despesas avançar este ano”, complementa Braz.
O economista destaca ainda a alta das passagens aéreas, em meio à recuperação da mobilidade após as restrições impostas pela Covid-19. “As passagens já aumentaram mais de 40% em 12 meses”, lembra.

Expectativa para a taxa de juros
A persistência da inflação é um dos principais fatores de influência para as decisões do Banco Central pela manutenção da taxa de juros do país. A Selic em 13,75% ao ano tem irritado particularmente o presidente Lula, que pressiona o BC pela queda no preço do crédito no país.

No último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em 3 de maio, a autoridade monetária não apenas manteve a taxa de juros inalterada como voltou a sinalizar que poderá “retomar o ciclo de ajuste”, caso necessário.

“O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, disse o texto.
Isso significa que o BC poderá voltar a aumentar a Selic em outro momento, se necessário. Porém, desta vez, o próprio Copom reconheceu, diferentemente do comunicado anterior, que este é um “cenário menos provável”.

O Comitê citou ainda as incertezas sobre o desenho do arcabouço fiscal, que deve ser discutido na Câmara dos Deputados na semana que vem. As próximas reuniões do Copom para decisão sobre a taxa de juros serão nos dias 20 e 21 de junho.